Com a escalada da tensão militar na península coreana, Seul anunciou que vai entrar em funcionamento uma equipe de elite para assassinar o líder da Coreia do Norte.
Quando a Coreia do Norte realizou a sexta prova nuclear no início de setembro, a tensão militar voltou a se instalar na região. O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou novas sanções contra o Governo de Pyongyang e a Coreia do Sul anunciou a criação de uma “unidade de decapitação” para matar Kim Jong-un.
A informação foi revelada pelo ministro da Defesa Song Young-moo, no Parlamento.
Segundo o New York Times, funcionários sul-coreanos disseram que o grupo de forças especiais – que contará com 1.500 a 3 mil soldados – poderia realizar incursões transfronteiriças com helicópteros e aviões de transporte que poderiam penetrar na Coreia de Kim Jong-un durante a noite.
O general sul-coreano Shin Won-sik, já retirado, disse que a “melhor dissuasão” que podem ter, além das “armas nucleares”, é fazer com que Kim tema pela própria vida.
Além disso, o general também opina que “em um sistema medieval como o da Coreia do Norte, a vida de Kim Jong-un é tão valiosa como a de centenas de milhares de cidadãos comuns, cujas vidas estariam ameaçadas em um ataque nuclear”.
Segundo assinala o portal Debate, esta não é a primeira vez que a Coreia do Sul tenta “assassinar” o líder do Norte. No final da década de 1960, a Coreia do Sul já tinha tentado criar um corpo militar encarregado de assassinar líderes da Coreia do Norte.
A decisão foi tomada assim que um comando norte-coreano tentou tomar a posse do palácio presidencial em Seul.
No entanto, a ação foi um fracasso. A unidade ia ser formada por ex-presidiários que seriam infiltrados em território norte-coreano para degolar o então presidente Kim Il-sung. Não obstante, quando a missão foi cancelada, os ex-réus formaram um motim e assassinaram seus “treinadores”, regressando à capital, onde se sacrificaram.
Tendo em conta essa experiência passada, vários analistas acreditam que o anúncio da criação de uma “unidade de decapitação” não tem como objetivo acabar com a vida do mandatário norte-coreano, mas plantar uma ameaça “preventiva” perante o potencial nuclear exibido por Pyongyang.
Ciberia // ZAP