O maior vazamento de dados da história do Brasil, com 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos, começa a ter seus desdobramentos.
De acordo com a empresa de segurança Syhunt, o hacker que está em posse dessas informações começou a divulgá-las, expondo 39.645 brasileiros e 22.983 empresas nacionais gratuitamente na internet.
Segundo apuração do Estadão, o hacker está fazendo essa pequena divulgação como uma espécie de amostra grátis do que ele tem, uma espécie de catálogo. As pessoas físicas foram divididas em 37 categorias e as empresas em outras 17. A Syhunt estima que esse criminoso deve ter em mãos algo na casa de 1 TB de dados, sendo 650 GB de pessoas físicas, 200 GB de pessoas jurídicas e outros 23 GB referentes às informações de veículos, tudo podendo conter fotos em determinados dados.
A origem dos dados, apesar de o próprio hacker ter dito que foram obtidos da base do Serasa, ainda precisa ser checada. De acordo com a Syhunt, há indícios claros de que foi mesmo no birô de crédito que o criminoso obteve essas informações, mas não há provas.
Ainda de acordo com a reportagem, mesmo com os dados estando divididos, o hacker tem em mãos não apenas os CPFs, mas o nome completo, sexo, data de nascimento, idade atual, nome da mãe, do pai e estado civil.
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e o Procon-SP informaram que, mesmo sem a certeza de a origem ser o Serasa, explicações serão solicitadas junto ao órgão. Já a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), por meio de nota, disse que está apurando o ocorrido e que irá tomar as medidas cabíveis dentro da LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados.
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