Uma cientista da NASA detectou uma antiga e fria estrela morta, que pode fornecer uma janela para o destino de bilhões de anos de nosso Sistema Solar.
A cientista alemã, Melina Thevenot, detectou uma anormalidade enquanto estava analisando dados coletados pela missão espacial Gaia da Agência Espacial Europeia. Os resultados da pesquisa foram apresentado em um artigo publicado esta terça-feira (19) na revista científica The Astrophysical Journal Letters.
Primeiramente, a cientista acreditou que havia algo de errado com as informações, entretanto, ao analisar o WISE, o banco de imagens do telescópio receptor de ondas infravermelhas da NASA ativo na missão, a cientista presumiu que as informações poderiam ser úteis, decidindo apresentá-las à equipe de cientistas que está trabalhando no projeto Backyard Worlds: Planet 9.
O projeto Backyard Worlds: Planet 9, que utiliza dados do WISE para buscar planetas escondidos em torno do nosso Sistema Solar, foi lançado em 2017 pela NASA e outros institutos científicos.
Com as novas informações, os líderes do projeto decidiram reposicionar o telescópio Keck II no Havaí em uma tentativa de analisar profundamente, confirmando, posteriormente, que não havia erros nas informações, mas, sim, havia uma estrela anã, anciã e fria, além de ser circulada por diferentes anéis de poeira.
“Essa estrela anã branca é tão antiga que, qualquer que seja o processo de alimentação de material para seus anéis, deve estar operando em escala de bilhões de anos“, afirmou o astrônomo John Debes, líder do estudo, que realça que “essa estrela realmente está desafiando nossas hipóteses de como sistemas planetários evoluem”.
A estrela morta descoberta, J0207, é do tamanho da Terra e está localizada a cerca de 145 anos-luz do nosso planeta. Além disso, segundo o CNET, a equipe acredita que a estrela morta possua dois discos de poeira, sendo que o primeiro hospeda um misterioso fenômeno.
Antigas anãs brancas não costumam preservar discos de poeira, isso porque todo material são reduzidos lentamente dentro da estrela. “O que torna esta anã branca tão interessante é que ela é mais antiga do que as tradicionais anãs brancas empoeiradas”, afirma Debes.
Além disso, pode prever o destino do nosso sistema planetário, o que está por vir na Terra. Eventualmente, nosso Sol expandirá em um “gigante vermelho”, engolindo Mercúrio e Vênus, ou até mesmo, a Terra.
// Sputnik News / CNET