É uma descoberta com mais de 3500 anos. O Egito apresentou publicamente no sábado (9) os restos de dois antigos túmulos na cidade de Luxor e que remontam à época do Novo Reino, na 18ª dinastia egípcia.
De acordo com os arqueólogos, os dois túmulos pertencem a indivíduos da nobreza ou a altos funcionários, devido à riqueza e diversidade de artefatos que acompanhavam os corpos. Entre os achados em elevado estado de conservação, há uma múmia, diversos ossos, máscaras e estatuetas de madeira.
Os túmulos, que só agora foram analisados depois da descoberta nos anos 90 pela arqueóloga alemã Frederica Kampp, se situam na necrópole de Draa Abul Nagaa, nas margens do Nilo, perto do famoso Vale dos Reis, onde estão diversos faraós, como Tutankhamon. Kampp não chegou a entrar no túmulo, que foi estudado apenas agora.
O governo do Egito já realçou a importância da descoberta, em um esforço para revitalizar o setor do turismo de antiguidades, que é decisivo para a economia do país.
Antes um expoente da economia do Egito, o turismo de antiguidades se ressentiu fortemente nos últimos anos por causa da instabilidade política na região após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, e com o crescimento da ameaça do Estado Islâmico.
“É realmente um dia excepcional”, disse o ministro egípcio das Antiguidades, Khaled al-Anani, acrescentando que “os túmulos privados da 18ª dinastia já eram conhecidos. Mas é a primeira vez que se entra dentro dos dois túmulos”.
Em setembro, o governo do Egito anunciou a descoberta na cidade de Luxor, no sul do país, de um túmulo cheio de múmias da época faraônica, no qual está sepultado um ourives da realeza que viveu há mais de 3.500 anos, durante o reinado da 18ª dinastia.
Ciberia // ZAP