Uma missão de arqueólogos suecos e egípcios descobriram quatro túmulos faraônicos intactos de crianças da XVIII dinastia faraônica (de 1550 a 1295 a.C.) perto da cidade de Assuã, no sul do Egito, anunciou esta semana o Ministério de Antiguidades.
A descoberta, feita na cidade de Gebel el-Silsila, consiste em quatro túmulos escavados na rocha e pertencem a crianças com idades entre dois e nove anos, conforme um comunicado oficial. Duas tumbas tinham grande quantidade de objetos funerários, incluindo amuletos e um artigo de cerâmica.
De acordo com o diretor do setor de Antiguidades do Ministério, Ayman Ashmawy, algumas das múmias ainda conservam a coberta de linho e estão repletas de material orgânico que procede do sarcófago de madeira.
Já conforme a diretora da missão sueca, Maria Nilsson, a novidade joga mais luz à informação que se tinha sobre os costumes fúnebres e sobre aspectos sociais, econômicos e religiosos relativos à vida cotidiana da época da XVIII dinastia.
Hoje, o Ministério também anunciou a descoberta de parte de um cemitério do Primeiro Período Intermédio (de 2190 a 2052 a.C.) numa colina na cidade de Kom Ombo, encontrada por uma missão austríaca.
O cemitério, que contém tumbas construídas em adobe – um material comum na construção civil – e que abrigam vários objetos fúnebres e peças de cerâmica, foi construído acima de um povoado da época do Antigo Império do Egito, onde foi achada uma imagem no teto com referências ao faraó Sahurê (2471-2458 a.C.), da V dinastia.
Em outra jazida próxima à Assuã, uma equipe suíço-egípcia descobriu uma estátua feminina da era greco-romana, cuja forma é similar à deusa Ártemis. A peça foi talhada em calcário, mas está sem a cabeça, um pé e uma mão.
Ciberia // EFE