Joesley Batista, um dos donos da JBS, prestou depoimento à Polícia Federal (PF nesta sexta-feira (16) no inquérito que investiga o presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. No depoimento, Joesley reforçou o que já tinha dito anteriormente sobre o caso em delação premiada.
Segundo o portal de notícias da Globo, o delator da Operação Lava Jato “reforçou a verdade dita no depoimento por ocasião da colaboração, apenas a verdade dos fatos, ou seja, confirmou o que já foi dito e provado”. As afirmações são da defesa de Joesley Batista.
Ainda de acordo com o G1, há a expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o presidente. Entretanto, para que a denúncia seja analisada pelo tribunal, será necessária a autorização do plenário da Câmara dos Deputados.
O presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures são investigados por organização criminosa, obstrução de justiça e corrupção passiva – acusações baseadas na delação do empresário.
Na delação, Joesley Batista afirmou que entregou dinheiro a Loures (e parte seria destinado a Temer). O objetivo do pagamento de propina era ser favorecido pelo governo. Além disso, a PF filmou Loures saindo de uma pizzaria em São Paulo com uma mala contendo R$ 500 mil.
Para mais, Batista efetuou gravações em que alega supostamente o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha – que teria “anuência” de Temer, segundo interpretação da Procuradoria Geral da República.