O vento solar causado pela série de erupções que aconteceram nos últimos dias alcançou o nosso planeta, “queimando” seu campo magnético.
Por esta razão, as pessoas que vivam perto dos polos poderão ter observado os efeitos deste impacto espacial, na forma de auroras, na noite deste sábado. Trata-se de milhões de toneladas de vento solar que viajam centenas de quilômetros em um fluxo poderoso em direção da Terra.
“A matéria solar alcançou uma velocidade 1,5 vezes superior ao que se esperava e o impacto na Terra é mais potente do que calculávamos”, revela o Laboratório de Astronomia do Sol do Instituto Físico Lebedev da Academia de Ciências da Rússia.
“A direção desta última erupção é desfavorável para o nosso planeta: seu campo está oposto ao terrestre e nesses momentos ‘queimará’ o campo magnético da Terra”, acrescenta a nota do Laboratório russo.
A série de erupções no Sol começou a 4 de setembro. Primeiro, aconteceram erupções da classe M, de 4 a 5 pontos de potência. Depois, em 6 de setembro, ocorreu uma erupção da classe X, de 2,2 pontos, e no mesmo dia foi registrada outra extremamente forte, de intensidade 9,3. Foi a maior erupção solar dos últimos 12 anos.
Ao mesmo tempo, os cientistas destacam que além destes fenômenos atmosféricos impressionantes, a erupção pode provocar uma forte tempestade geomagnética, capaz de interromper o funcionamento de satélites, embora não deva afetar a saúde dos habitantes da Terra.
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