Os Estados Unidos enviaram nesta terça-feira (20) dois bombardeiros estratégicos de longo alcance B-1B Lancer para a península coreana, onde irão participar de exercícios conjuntos com as Forças Aéreas da Coreia do Sul.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita fontes militares de Seul, os dois superbombardeiros norte-americanos irão simular o bombardeio de uma cordilheira na província de Gangwon, próxima à fronteira com a Coreia do Norte.
“Os dois bombardeiros norte-americanos irão sobrevoar esta terça-feira a península da Coreia, em formação com dois dos nossos caças F-15K”, informou o coronel Kim Sung-duk, porta-voz da Força Aérea da Coreia do Sul.
Esta é a segunda vez no espaço de um mês que bombardeiros B-1B Lancer norte-americanos participam em manobras militares com forças norte-coreanas e japonesas na região, que se encontra sob forte tensão por causa das trocas de acusações e ameaças entre a Coreia do Norte e os seus “inimigos”: EUA, Coreia do Sul e Japão.
Durante a sua permanência na península coreana, os bombardeiros ficarão estacionados na base aérea de Andersen, na ilha de Guam, no Pacífico, onde os Estados Unidos mantêm alguns dos seus principais ativos estratégicos na região.
O bombardeiro estratégico norte-americano B-1 Lancer é um quadrimotor de geometria variável desenvolvido na década de 1970 para substituir o mítico B-52 Stratofortress. Concebido como bombardeiro nuclear para voo supersônico a grande altitude, o B1-B evoluiu para missões de bombardeio por penetração de baixa altitude e longo alcance.
A Coreia do Norte já reagiu à mobilização dos dois bombardeiros. Pyongyang acusa os EUA de ensaiarem o lançamento de uma bomba nuclear contra possíveis alvos militares norte-coreanos e condena a iniciativa, que consideram uma “provocação imprudente que empurra a península coreana para uma guerra nuclear“.
Estudante libertado em coma morre nos EUA
Otto Warmbier, estudante norte-americano de 22 anos que foi libertado de uma prisão da Coreia do Norte e retornou para o seu país natal, faleceu nesta segunda-feira (19).
Na última semana, Warmbier, condenado a 15 anos de trabalhos forçados por ter arrancado um cartaz político do hotel onde estava alojado, voltou aos EUA em estado de coma, decorrente de sérios danos cerebrais sofridos durante sua prisão.
De acordo com as autoridades coreanas, Warmbier estaria em coma há mais de um ano, depois de ter contraído botulismo, infecção bacteriana proveniente de ingestão de alimentos contaminados ou ferimentos não tratados. No entanto, os médicos americanos não encontraram evidências dessa doença.