Novas restrições entraram em vigor nesta quarta-feira (18) em Israel, que na véspera registrou o maior número de contágios de Covid-19 desde janeiro. O país, que adotou uma campanha de vacinação em massa, havia sido um dos primeiros a flexibilizar as medidas sanitárias.
O governo israelense restabeleceu a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou do teste PCR negativo para entrar em restaurantes, hotéis, museus e bibliotecas, assim como para assistir eventos culturais e esportivos.
A medida também é aplicada a locais de culto que recebem mais de 50 fiéis. Israel já havia restabelecido em julho a obrigação do uso de máscaras e locais públicos e escritórios.
Na terça-feira (17), as autoridades sanitárias anunciaram mais de 8.700 novos contágios, o maior número no país desde janeiro.
Israel foi um dos primeiros países a iniciar a campanha de vacinação em larga escala, em dezembro de 2020, graças a um acordo com a Pfizer, que entregou rapidamente milhões de doses ao Estado hebreu em troca de dados sobre a efetividade de seu fármaco na população. A campanha permitiu reduzir drasticamente o número de casos.
Mas nas últimas semanas os contágios voltaram a registrar alta devido à variante Delta entre adultos não vacinados, mas também entre pessoas vacinadas há mais de seis meses.
Por este motivo, Israel começou a aplicar a terceira dose da vacina em pessoas com 50 anos ou mais, apesar do apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a medida para que os países mais pobres consigam receber mais vacinas.
Premiê defende terceira dose da vacina
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, afirmou que a administração das doses em Israel, um país de nove milhões de habitantes, não afetaria as reservas mundiais e, ao mesmo tempo, permitiria provar a eficácia da terceira dose.
O chefe do governo advertiu que se a situação não melhorar, o país poderia adotar um novo confinamento em setembro, mês de celebração de várias festas judaicas.
Israel tem um balanço de quase 960.000 pessoas infectadas por Covid-19, com 6.700 mortes. Mais de 5,4 milhões de pessoas já receberam duas doses da vacina, o que representa 58% da população, e quase 1,1 milhão a terceira.
Do lado palestino, as autoridades também registraram aumento de casos. O número de novas contaminações diárias foi multiplicadou por sete desde 1°de agosto, segundo as estatísticas do ministério da Saúde.
Apenas 432.000 palestinos, em uma população de cinco milhões na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, receberam as duas doses da vacina.
// RFI