A 7ª Vara da Família do Paraná decretou a prisão do ex-jogador de vôlei Giba por não pagamento de pensão alimentícia. Segundo a juíza responsável pelo caso, Giba deve depositar os mais de R$ 300 mil referentes ao filho Nicoll e Patric que teve com a também ex-jogadora Cristina Pîrv.
O ex-atleta reclama que perdeu boa parte da sua renda após a sua aposentadoria. Por isso, ele alega não consegue arcar com as pensões dos filhos e que faz o pagamento abaixo do valor.
Cristina Pîrv, em contrapartida, alega que ele tem os recursos necessários para quitar seus débitos, mas que não quer arcar com os custos.
A batalha judicial tem se arrastado há anos e agora encontra mais um capítulo. Em 2018, a ex-esposa de Giba que mora na Romênia com os filhos e os representa legalmente, havia dito que o pedido de prisão era apenas uma forma de tentar pressionar o ex-jogador a pagar o que deve.
“Não queria ele preso. Quero que faça e cumpra os deveres de pai. Não cria, não ajuda e não deixa fazer. A Justiça foi feita, e isso é maravilhoso. Ontem de manhã (quinta-feira), o advogado pediu a prisão, e eles depositaram o valor integral no processo. Depois vai tudo para mim. Esse barulho que a gente fez na mídia ajudou na vitória. É a Justiça sendo feita,” disse.
Giba se defende. O advogado do ex-atleta afirma que desde a aposentadoria o jogador não tem como arcar com esses custos e que a mãe das crianças tem mais renda que o atleta.
Veja o que disse José Silvério Santa Maria, tio do voleibolista e representante legal de Giba:
“As pessoas tendem a crer que por ser um ex-atleta de renome internacional o Giba tem possibilidades de sobra de pagar esses valores. Só que esse valor de R$ 15 mil mensais é extremamente alto levando-se em consideração a realidade atual dele e as necessidades das crianças, que têm custos mensais em torno de R$ 9.500. É provável que a Cristina tenha melhor condição financeira do que ele atualmente. Ele tem pago mensalmente R$ 6.500, que é o valor possível atualmente. E nós temos documentos comprovando que, entre 2017 e 2018, a Cristina movimentou valores acima de R$ 900 mil de várias fontes, mas ainda assim informou à imprensa que era pessoa carente com dificuldades de suprir as necessidades dos filhos – disse o advogado de Giba, que ainda citou a Constituição Brasileira para justificar o argumento da defesa de que ela “estabelece igualdade entre homens e mulheres separados” na divisão de valores da criação dos filhos”, afirmou.
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