Aos 71 anos, Yaakov Litzman, ministro da Saúde de Israel e também líder do partido ultra-ortodoxo “Judaísmo Unido da Torá”, testou positivo para Covid-19.
O diagnóstico foi divulgado nesta terça-feira (7) pela imprensa local e chamou atenção por causa de declarações anteriores de Litzman. Durante um discurso, ele afirmou que o coronavírus “é um castigo divino contra a homossexualidade”.
Em 2016, Yaakov Litzman votou pela derrubada da permissão de uniões civis homoafetivas. Ele também foi contra a legalização da adoção de crianças por casais homossexuais e, ainda, contra a possibilidade de parceiros do mesmo sexo de soldados israelenses mortos receberem os mesmos benefícios de casais heterossexuais.
O ministro foi visto rezando nas casas de outros membros de sua congregação, desobedecendo as recomendações do próprio Ministério da Saúde que comanda: isolamento social e quarentena.
A esposa do ministro, Chava, também foi diagnosticada com coronavírus. Os dois tiveram nos últimos dias contatos próximos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e vários outros altos funcionários do governo.
Na semana passada, perguntado se as recomendações de quarentena seriam derrubadas antes da Páscoa, ele disse: “Oramos e esperamos que o Messias chegue antes da Páscoa. Tenho certeza de que Ele virá e nos levará para fora, como Deus nos tirou do Egito. Em breve estaremos livres e o Messias virá e nos salvará de todos os problemas do mundo”.
Israel lamentou a sua primeira morte devido ao surto do novo coronavírus no dia 22 de março. Aryeh Even tinha 80 anos, e era um sobrevivente do Holocausto. Sua morte já causou mudanças nos protocolos do país: rituais funerários foram alterados para evitar a disseminação da doença, agora limitados a até 20 pessoas, que precisam manter distância segura e medidas sanitárias durante o evento.
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