Criados nos anos 50 na Bélgica, as criaturinhas azuis famosas hoje em dia só cairiam no gosto do público 30 anos depois. Durante esse tempo, muitas vezes foi considerado levar os smurfs para os cinemas, mas somente em 2011 que a ideia realmente se concretizou – que foi um sucesso. Dois anos depois, outro sucesso.
E, agora, com “A Vila Perdida”, a Sony Animation apresenta o primeiro dos filmes dos Smurfs inteiramente animado.
Nos dois últimos filmes, os smurfs interagiam com atores reais, como Neil Patrick Harris. No entanto, de acordo com o site Adoro Cinema, a decisão de se investir em um longa totalmente animado foi acertada. “O novo longa é superior às tentativas anteriores e tem tudo para funcionar bem com o público infantil”, escreve a crítica do site.
O filme começa com Smurfette se sentindo deslocada por não ter uma função específica na comunidade em que vive – o que fãs do filme tem classificado como uma trama de “construção da identidade“.
Segundo o CinePOP, outro grande acerto do filme é “jogar os holofotes na personagem Smurfette, a única presença feminina na vila das criaturas, e com isso dar um enfoque no empoderamento da mulher“. A crítica afirma que o texto deixa uma mensagem muito válida e atual para os pequenos, mesmo que de forma inconsciente.
Na versão original do filme, em inglês, grandes nomes como Julia Roberts dublam as criaturinhas azuis. Demi Lovato, além de dublar a protagonista do filme, empresta a sua voz para a trilha sonora do longa. No entanto, para os fãs brasileiros, ter Ivete Sangalo como uma das dubladoras dos smurfs foi um agrado a mais.
A cantora baiana dá voz à SmurfWillow, matriarca de outra vila de smurfs. E mesmo sendo uma dublagem, Sangalo entra na brincadeira (que foi adaptada para o português) de um momento tanto icônico como polêmico seu, quando chamou a atenção do marido durante um show dizendo: “Quem é essa aí, papai? Tá cheio de assunto, hein…“.
De acordo com a crítica do CinePOP, “Os Smurfs e a Vila Perdida” não focou os esforços apenas na apresentação gráfica (considerada impecável) do filme, mas também em um conteúdo importante para ser refletido não somente pelas crianças, como pelos adultos. Segundo a crítica, ao seu modo, o filme levanta “questões como “qual o lugar da única mulher em sua sociedade”, ou de minorias em geral” e é o melhor filme das criaturinhas azuis.