Cientistas japoneses criaram uma tecnologia que analisa as ondas cerebrais ativadas antes de cada sílaba, para as usar em um processador de texto que permite “escrever por imagens de voz”, sem falar e sem usar os dedos.
Seis pesquisadores da Universidade Tecnológica de Toyohashi, no Japão, estudaram as ondas cerebrais que se registram no cérebro quando uma pessoa recorda as sílabas antes de falar, usando um capacete com 64 elétrodos para estudar as emissões cerebrais.
O diretor do projeto, Tsuneo Nitta, afirmou que sua equipe conseguiu uma eficácia de reconhecimento de 90% nos dígitos e de 60% no reconhecimento de 18 tipos de monossílabos japoneses, o que demonstra a possibilidade do desenvolvimento de um aparelho computorizado que permita utilizar a medição das ondas cerebrais para escrever.
A tecnologia poderá ajudar pessoas com problemas como a miastenia, uma doença crônica que causa debilidade e fraqueza muscular, a interagir com uma espécie de telefone inteligente que consiga, de certa forma, ler sua mente.
Agora, o desafio dos cientistas na criação de um processador de texto ativado pelo pensamento é aumentar a precisão do reconhecimento das sílabas e ultrapassar obstáculos como a variação nas ondas cerebrais de cada pessoa.
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