A Suprema Corte da Islândia confirmou as condenações de nove executivos daquele que foi o maior banco do país e que despoletou a crise económica de 2008. Sete dos culpados vão cumprir pena de prisão efetiva.
A decisão confirma que a Islândia é mesmo caso único no mundo, julgando os banqueiros como criminosos, ao contrário do que se tem passado em casos semelhantes em países da Europa e nos EUA.
O jornal britânico The Independent, que cita fontes islandesas, salienta que a Suprema Corte da Islândia (SCI) considerou culpados todos os envolvidos neste processo judicial, que começou em Abril de 2015.
O processo implica executivos do Banco Kaupthing, que era o maior da Islândia até à crise de 2008, e que foi à falência, devido ao elevado montante da dívida, obrigando a uma intervenção do Estado foi obrigado a intervir.
A instituição financeira é agora conhecida por Arion Banki.
A sentença de primeira instância, tomada num tribunal de Reiquiavique, condenou apenas sete dos nove arguidos.
Mas a Suprema Corte anulou essa decisão, considerando os 9 banqueiros culpados de manipulação dos mercados.
Os juízes da SCI confirmaram as penas de prisão, que variam entre um e mais de quatro anos, a seis dos executivos e aumentou em seis meses a pena de prisão de 5 anos e meio que tinha sido aplicada ao antigo director do Banco, Hreioar Már Sigurosson.
O ex-responsável pela área de crédito, Björk Þórarinsdóttir, e o antigo CEO do Kaupthing Luxembourg, Magnús Guomundsson, não vão cumprir penas de prisão, apesar de serem considerados culpados.
Ciberia / ZAP