
Shoko Asahara, o fundador e líder da seita responsável por um ataque no metrô de Tóquio com gás Sarin, em 1995
O Japão deve se preparar para executar 13 membros da seita Verdade Suprema. Os condenados foram transferidos para prisões fora da capital, Tóquio, o que indica uma execução iminente.
Fez 23 anos, nesta terça-feira (20), que a seita Verdade Suprema (Aum Shinrikyo) atacou com gás sarin cinco vagões do metrô de Tóquio, em 1995, causando 13 mortes e deixando mais de 5.500 pessoas intoxicadas.
De acordo com a revista portuguesa Sábado, membros do culto, condenados à morte, foram transferidos para prisões fora da capital japonesa. A transferência fez a mídia local suspeitar que a execução esteja próxima.
O Japão não procede às execuções até que os casos estejam totalmente resolvidos. Segundo o The Guardian, todos os processos relacionados com a Aum Shinrikyo terminaram em janeiro, quando o Tribunal Supremos confirmou a absolvição de Naoko Kikuchi, ex-membro da seita.
A Sociedade Japonesa para a Reinserção e Prevenção das Seitas defende que todas as penas sejam comutadas, com exceção do líder da seita. “Shoko Asahara foi o cérebro e os outros 12 foram apenas seus seguidores”, disse Taro Takimoto, dirigente da organização e sobrevivente ao ataque com gás sarin.
A Anistia Internacional defende que o governo japonês não deve proceder com a pena de morte. “A marca de uma sociedade civilizada é o reconhecimento dos direitos de cada individuo, mesmo que responsável por crimes hediondos”, defendeu Hiroka Shoji, responsável da AI no este da Ásia.
“A pena de morte nunca pode ser justa já que nega os direitos humanos“, concluiu.
Ciberia // ZAP