Desvendado o mistério da múmia que não se decompõe há 300 anos

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Uma equipe de cientistas alemães desvendou finalmente o mistério da múmia do sacerdote austríaco Franz Xaver Sydler von Rosenegg, que não se decompõe desde o século XVIII.

A múmia, posteriormente apelidada de Leather Franzy pelos habitantes locais, causou desde cedo alvoroço quando se descobriu que o corpo não tinha se decomposto – apesar de ter sido enterrado em 1746.

Agora, e depois de uma análise de dez meses, os cientistas não só confirmaram a identidade do padre, que viveu no distrito austríaco de St. Thomas am Blasenstein, como descobriram a verdadeira causa da morte.

A equipe afirma que o homem era o vigário paroquial Franz Xaver Sydler von Rosenegg, que teria vivido entre 1709 e 1746.

De acordo com os cientistas, o sacerdote teria morrido aos 37 anos vítima de uma hemorragia interna, causada por uma tuberculose. Até então, acreditava-se que o austríaco tinha morrido de epilepsia, como noticia o The Sun.

“O pulmão direito da múmia revelou uma tuberculose avançada e uma hemorragia como as principais causas da morte”, explicaram os cientistas, revelando ainda que as condições em que o sacerdote foi sepultado ajudaram a manter o corpo quase intacto.

“O cadáver do padre estava coberto por pedaços de pano, lascas de madeira e galhos. Depois foi sepultado na cripta, que reunia as condições climáticas adequadas para assegurar que o corpo mumificasse sem se decompor”, desvendaram.

Mas as revelações não ficam por aqui. A análise conduzida indicou também que o padre estava bem nutrido, não revelando sinais de ter tido em vida um trabalho fisicamente duro. Escoriações nos dentes sugerem, contudo, que o sacerdote era um fumante de cachimbo.

A datação por radiocarbono de uma amostra de tecido datou a morte entre 1734 e 1780. Já seus sapatos, foram estimados entre 1670 e 1750. Concluída a análise, Franzy voltou à sua cripta, onde pode continuar a ser visitado pelo público.