A tristeza no sorriso da italiana Lisa Gherardini, a protagonista da famosa obra de arte de Leonardo da Vinci, pode ser explicada pela historia da sua vida pessoal.
Segundo o The Independent, o novo livro “Mona Lisa: The People and The Painting” (“Mona Lisa: As pessoas e a pintura” em português) tenta explicar o porquê de Lisa Gherardini, como se chamava na vida real, ter uma expressão tão triste no quadro de Da Vinci.
Os autores Martin Kemp e Giuseppe Pallanti foram atrás do passado da italiana e perceberam que a enigmática jovem viveu uma história familiar obscura.
De acordo com o jornal britânico, a dupla de autores conta que Gherardini tinha apenas 15 anos quando foi obrigada a se casar com Francesco del Giocondo, um comerciante rico de Florença que estava ligado a negócios sujos e que, inclusive, sacrificou a honra da italiana para garantir sua posição na sociedade.
Kemp e Pallanti contam que o marido de “Mona Lisa” comprava escravas provenientes do norte da África e que, depois de convertidas ao cristianismo, trabalhavam na residência dos Giocondo em Florença. No entanto, o grande número de mulheres sugere que nem todas podiam ficar nessa propriedade, pelo que Giocondo ganhava dinheiro ao vendê-las.
Outro escândalo revelado pelo livro é que dois homens pertencentes à influente família dos Médici quiseram “tentar a honra” de Gherardini, mas que ela sempre rejeitou todas as suas intenções. No entanto, o marido, com medo de ver em perigo os seus negócios e influência na cidade italiana, demonstrou seu apoio aos dois homens.
O Independent escreve que, depois desta situação, apesar da dupla assegurar amizade, pelas costas faziam piadas com Giocondo por essa grande demonstração de fraqueza.
Lisa Gherardini passou seus últimos anos em um convento e morreu na obscuridade em julho de 1542. A obra de arte inacabada de Da Vinci só a tornou famosa séculos depois.
O famoso retrato encontra-se no Louvre, em Paris, museu que recebe milhões de visitantes de todo o mundo por ano, muitos com o único objetivo de “vê-la pessoalmente”.
Ciberia // ZAP