O sucesso das mulheres não se limita ao crescimento da participação no mercado de trabalho. Nos últimos anos, elas chegaram de vez ao mundo dos negócios.
Um levantamento feito pelo Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, em parceria entre Sebrae e Dieese, constatou crescimento de 21,4% na participação feminina — o equivalente a mais de 7,5 milhões de mulheres empreendedoras no país.
Em meio a esse cenário, o projeto Além do Batom passou a estimular ainda mais o fortalecimento da presença feminina no setor no Rio.
A iniciativa surgiu há três anos, com o objetivo de oferecer tutoria a novas empreendedoras e cursos técnicos sobre o assunto. O programa se expandiu. De lá para cá, cerca de 400 mulheres já participaram de palestras e treinamentos organizados pelo programa.
Nos últimos 12 meses, foi criada a AB School, primeira escola de negócios feita sob medida para mulheres. Em 19 de novembro, Dia Global do Empreendedorismo feminino, vai ser lançado uma nova versão do curso, que inclui 12 módulos online voltado para mulheres empreendedoras no Jardim América, na Zona Norte.
A participação de convidadas é gratuita. Mais de cem pessoas já confirmaram presença (confira outras informações no quadro ao lado).
A iniciativa, voltada ao estímulo do empreendedorismo feminino, foi idealizada pela publicitária Vanessa Oliveira, que trabalhava como diretora de um centro de distribuição de uma multinacional quando teve a ideia de alavancar a participação das mulheres nos negócios.
“Percebi que tinha muito homem no palco para falar de maquiagem e decidi entrar nesse ramo. É importante que as empreendedoras saibam que qualquer iniciativa precisa gerar impacto para obter lucro. A partir daí, a empresária vai ser obrigada a buscar uma estrutura capaz de dar retorno financeiro”, explica.
O perfil do público é bem variado. Entre as clientes do programa, há empreendedoras da Zona Sul às comunidades cariocas. Mulheres que também atuam em ramos diversificados, como coach de carreiras, comerciantes de docerias, bijouterias e até especialistas em moda.
“O importante não é a área de atuação, mas a percepção de que essas mulheres precisam gerar um impacto para ter lucro. Hoje, existe um movimento voltado para o empoderamento feminino. Nós não queremos só inspirar e motivar. A nossa ideia é dar as ferramentas e acompanhar o crescimento dessas mulheres”, avalia.
// Agência BR