Um navio de guerra russo, afundado há cerca de 113 anos, foi encontrado no fundo do mar da ilha de Ulleungdo, na Coreia do Sul, e teria um tesouro em ouro avaliado em 150 trilhões de won (cerca de R$ 490 bilhões).
Os destroços do Dmitry Donskoy foram encontrados a 425 metros de profundidade por uma equipe de especialistas da Coreia do Sul e do Canadá, recorrendo a minissubmersíveis. O navio foi construído em 1880 e teria afundado em 1905, após uma guerra com navios japoneses.
Segundo uma empresa sul-coreana do grupo Shinil, que anunciou ter encontrado o navio na terça-feira, a embarcação tinha um tesouro em barras de ouro avaliado em 150 trilhões de won – a moeda sul coreana √, que representa cerca de R$ 490 bilhões.
A empresa, criada no mês passado, disse ainda que vai apresentar na próxima semana evidências que comprovem a descoberta. “Fomos a única entidade no mundo a descobrir um navio”, apontaram em comunicado citado pela agência Reuters.
A apresentação da descoberta foi acompanhada por fotos e vídeos do naufrágio, incluindo uma imagem que mostra o nome do navio gravada na proa da embarcação. A equipe de pesquisa contou com especialistas da Grã-Bretanha, do Canadá e da Coreia do Sul.
“Acreditamos que existam caixas com barras de ouro e isso está historicamente comprovado”, disse Park Sung-jin, porta-voz da empresa. “As caixas estavam muito bem amarradas, indicando que há coisas realmente preciosas lá dentro.”
O Instituto Coreano da Ciência e Tecnologia Oceânica veio contestar a descoberta, alegando à imprensa sul-coreana que já tinham descoberto o naufrágio em 2003. O instituto não prestou mais comentário, mas no seu site existem fotos datadas de 2007 do naufrágio em causa, bem como mapas das respectivas localizações.
Alguns acadêmicos também lançaram dúvidas sobre relatos anteriores que apontavam que o navio estava repleto de tesouros.
O grupo Shinil disse que as declarações do Instituto Coreano da Ciência, nas quais alegam já ter encontrado o naufrágio, foram “fraudulentas” e que a existência do ouro é apoiada em registros históricos.
A empresa sul-coreana avisou ainda que na próxima semana vai dar uma coletiva de imprensa para detalhar o que estava dentro das caixas. Além disso, planeja ainda contratar uma empresa chinesa de resgate para recuperar os destroços do naufrágio.