Vamos direto ao assunto: começar o trabalho cedo pode ser ruim para a sua saúde. Quem o diz é um novo estudo.
A Universidade de Surrey, na Inglaterra, e a Universidade Northwestern, nos EUA, informam que os notívagos colocar a saúde em risco com noites tardias e com inícios de dia “prematuros”.
Já se sabe que a falta de sono pode causar doenças cardíacas, mas as descobertas mais recentes dizem que o sono insuficiente resultante de adormecer a altas horas da noite também pode resultar em problemas de saúde mental e diabetes, além do consumo não saudável de álcool e drogas.
As taxas de mortalidade também foram 10% maiores nos “corujas” do que aqueles que gostam de ir para a cama cedo.
O Independent relata: os pesquisadores disseram que os patrões devem permitir horários de trabalho flexíveis para que os funcionários possam começar e terminar mais tarde.
“Essa é uma questão de saúde pública que não pode mais ser ignorada”, disse Malcolm von Schantz, professor de cronobiologia da Universidade de Surrey. “Devemos discutir a possibilidade de permitir que as noites comecem e terminem o trabalho mais tarde, quando for prático. E precisamos de mais pesquisas sobre como podemos ajudar os notívagos a lidar com o maior esforço de manter o relógio do corpo sincronizado com a hora do sol”.
O estudo analisou os hábitos do sono de 433 mil pessoas e acompanhou sua saúde durante seis anos e meio. Enquanto os seres humanos evoluíram para dormir de acordo com o ciclo dia-noite, cada pessoa tem uma predisposição individual para dormir as horas de acordo com fatores ambientais e genéticos conhecidos como “cronotipo”.
“Os notívagos que tentam viver em um mundo matinal podem ter consequências para a saúde dos seus corpos”, disse Kristen Knutson, coautora e professora associada de neurologia da Feinberg School of Medicine da Northwestern University.
“Se pudermos reconhecer que esses cronotipos são, em parte, geneticamente determinados e não apenas uma falha de caráter, os empregos e as horas de trabalho poderiam ter mais flexibilidade”.
“Não devem ser forçadas a se levantar para um turno das 8h. Façam com que os turnos de trabalho correspondam aos cronotipos das pessoas”, apelou aos empregadores.