Durante um mês, os internautas locais estão proibidos de acessar o Facebook. O objetivo é que as autoridades possam analisar padrões de utilização e investigar comportamentos ilícitos no site.
Na Papua Nova Guiné, o acesso ao Facebook estará vetado durante um mês para avaliar o benefício da rede social para o país, tendo como alvo notícias e contas falsas.
Nesta terça-feira (29), o ministro das Comunicações, Sam Basil, anunciou a “desintoxicação”, que vai durar um mês, defendendo que o período de tempo é necessário para uma equipe de analistas promover uma “limpeza” na rede social.
Segundo o Expresso, o governo local irá proceder à identificação de contas falsas e de pessoas que divulgam fake news, além de tomar medidas para travar a proliferação de pornografia através da plataforma. As contas que forem detectadas como responsáveis por algum destes comportamentos serão apagadas.
“Isso permitirá que as pessoas genuínas, com identidades reais, usem a rede social com responsabilidade”, disse o ministro, reiterando que não permitirá que o “abuso do Facebook continue no país”.
O governo da Papua Nova Guiné admitiu também estar nos seus planos o desenvolvimento de uma rede social capaz de substituir a plataforma de Mark Zuckerberg.
Mas o assunto não é consensual. Uma especialista em mídia e política digitais da Universidade de Sydney, citada pelo Guardian, referiu que a proibição do Facebook levanta questões preocupantes.
“Não tenho certeza sobre o que eles pretendem alcançar”, afirmou Aim Sinpeng, “e qual motivo uma proibição é necessária, visto que é possível analisar o Facebook sem proibi-lo”.
Além destas preocupações, a perita acrescentou ter dúvidas sobre a informação que o governo estaria querendo recolher.
Por sua vez, um porta-voz está em contato com os responsáveis do país para tentar compreender suas preocupações. Segundo Sam Basil, elas se baseiam apenas no bem-estar e seguranças dos cidadãos.
Ciberia // ZAP