Testes da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) revelaram o uso de cloro, em fevereiro, no ataque contra a cidade síria de Saraqeb.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmou, nesta quarta-feira (16), que foi “provavelmente” usado cloro em fevereiro em um ataque contra a cidade síria de Saraqeb, na província de Idleb.
Uma missão de inquérito da OPAQ concluiu que “foi liberado cloro de cilindros por impacto mecânico no bairro de Al Talil, em Saraqeb”, esclarece um comunicado da organização. Amostras recolhidas na região revelam também “uma presença pouco habitual de cloro no ambiente local”, precisou a agência.
A organização recordou que a missão da OPAQ é determinar “se foram usadas armas químicas”, mas suas tarefas não incluem “identificar quem é o responsável” pelos supostos ataques.
Os peritos estão em território sírio desde o início de abril para averiguar o suposto ataque de armas químicas que no dia 7 de abril provocou mais de 40 mortos e 500 feridos em Douma, mas ainda não divulgaram qualquer relatório.
Onze pessoas foram atendidas em 4 de fevereiro com dificuldades respiratórias na cidade de Saraqeb, anunciou então o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
O líder da OPAQ, Ahmet Uzumcu, condenou “a utilização de produtos químicos tóxicos enquanto armas por quem quer que seja, seja por qualquer motivo, e sejam quais forem as circunstâncias”.
Em resposta ao suposto ataque químico por parte do governo de Bashar al-Assad, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram na madrugada de 14 de abril uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria.
Tanto o governo sírio como a Rússia negam qualquer uso de armas químicas.
Ciberia, Lusa // ZAP