A poluição extrema do Rio Tietê data de décadas. Há mais de 50 anos a população das diversas cidades por onde passa o rio de mais de mil quilômetros de extensão não sabe o que é ter a liberdade de mergulhar em suas águas, como acontecia antigamente.
O esforço para despoluir o Tietê é bem mais recente, e, ainda que mais devagar que o esperado, vem dando resultados. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, responsável pelo projeto Observando os Rios, que monitora a situação do Tietê desde 1991, a mancha de poluição diminuiu em 8 quilômetros do ano passado para cá.
Ainda há muito a fazer, e a mancha continua tendo 122 quilômetros de extensão, equivalente a 11% do total do rio. Dos 94 trechos analisados em todo o estado de São Paulo, apenas seis têm água considerada boa. Nenhum ponto foi classificado como ótimo.
Mesmo assim, há lugares em que a vida vem voltando ao Tietê. Segundo Malu Ribeiro, especialista em água da SOS Mata Atlântica, há trechos onde é possível ver tartarugas e patos nadando. Marrecos, garças e até ariranhas também foram observados.
Voltar a nadar no Tietê ainda parece uma ideia muito distante, mas, caso os avanços se intensifiquem, quem sabe seja algo que ainda veremos em vida. Sem esquecer que, caso não continuemos prestando atenção, a situação pode voltar a piorar.
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