A vista do satélite Proba-V da Agência Espacial Europeia (ESA) mostra o que resta do Mar de Aral, que já foi o quarto maior lago do mundo e, hoje, é o cenário de um grave desastre ecológico.
O Mar de Aral foi um lago, localizado entre o norte do Cazaquistão e o sul do Uzbequistão, com uma área de 68 mil quilômetros quadrados – o equivalente a duas Bélgicas.
Contudo, o mar de Aral se reduziu drasticamente desde a década de 1960, quando os projetos de irrigação soviéticos desviaram a água dos rios que o abasteciam, segundo um artigo da ESA.
Nos anos 2000, o lago tinha encolhido para cerca de 10% do tamanho original e, em 2014, o Lago do Sul em forma de ferradura tinha praticamente secado.
Os lençóis freáticos também diminuíram, a vegetação foi devastada e 11 prósperas indústrias pesqueiras entraram em colapso. O leito exposto do lago formou o recém-batizado Deserto Aralkum, gerando tempestades de areia com pesticidas que podem chegar até os Himalaias.
Esforços para estabilizar a situação estão em andamento, incluindo a replantação de vegetação resistente para reduzir as tempestades de areia. Em 2005, a Barragem de Kok-Aral foi concluída para restaurar os níveis de água no Lago do Norte.
Em 2008, o nível já tinha subido 12 metros em comparação ao nível mais baixo, registrado em 2003. A salinidade caiu e os peixes são encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável.
No entanto, as perspectivas para o Lago do Sul permanece sombria, tendo sido chamado de “um dos piores desastres ambientais do planeta” pelo Daily Telegraph. Uma eclusa é aberta periodicamente para reabastecer o lago.
Lançado em 7 de maio de 2013, o Proba-V é um satélite da ESA, encarregado de uma missão em grande escala: mapear a cobertura da terra e o crescimento da vegetação em todo o planeta a cada dois dias.
Esses dados são distribuídos aos internautas de todo o mundo. Uma galeria de imagens online destaca algumas das imagens mais impressionantes da missão, incluindo de tempestades e incêndios.
Ciberia // ZAP