A obra de catedral de Notre-Dame aqui em Paris, parcialmente destruída por um incêndio ocorrido no 15 de Abril e 2019, retomou segunda-feira progressivamente depois de ter ficado suspensa em Março devido à pandemia de coronavírus, o objectivo continuando a ser devolver a vida à catedral até 2024.
Nesta segunda-feira, ainda se está na fase de preparação com reuniões entre as várias empresas que intervêm no local, os representantes do pessoal e a inspecção do trabalho, estando assente que a retoma nos próximos dias será gradual.
De acordo com Jean-Louis Georgelin, responsável da obra, a retoma terá três fases. Depois de se reorganizar o local de forma a garantir a segurança dos operários, nomeadamente com a instalação de sanitários distanciados e a implementação de medidas adaptadas ao novo contexto imposto pelo coronavirus, poder-se-á retomar o que foi interrompido em meados de Março, ou seja, o melhoramento das estruturas de descontaminação do local que há um ano, ao ser devorado pelas chamas, ficou contaminado com chumbo.
Em seguida, tratar-se-á de uma fase ainda mais complexa: a remoção do órgão e do emaranhado de andaimes metálicos derretidos e torcidos que envolvem a catedral que na altura em que ardeu estava em obras de conservação.
De acordo com a task-force da obra, o processo para tornar o local seguro deveria terminar antes do final do ano, o objectivo sendo “devolver a catedral ao culto” em 2024, o que não significa que isto marcará o fim definitivo da recuperação do edifício segundo Jean-Louis Georgelin, o responsável da obra antevendo também que se ultrapasse o orçamento inicialmente previsto devido aos atrasos.
// RFI