Com a comparação do DNA humano encontrado na região com o de pessoas vivas na mesma época no continente Europeu, revelou-se que a população que viveu na Grã-Bretanha durante a construção de Stonehenge tem origem turca.
Uma recente pesquisa realizada por cientistas do Reino Unido, França e Bélgica finalmente conseguiu identificar as origens das pessoas que, há milhares de anos, construíram o enigmático monumento pré-histórico europeu conhecido como Stonehenge.
O estudo, publicado na revista científica Nature, comparou o DNA extraído de restos humanos neolíticos encontrados na Grã-Bretanha, que era habitada por tribos de caçadores coletores, com a informação genética obtida dos restos humanos do mesmo período na Europa.
Dessa forma, os pesquisadores determinaram que os antepassados dos arquitetos de Stonehenge viajaram da ilha da Anatólia (atual Turquia), para a Península Ibérica, e então para a Grã-Bretanha, chegando à região em aproximadamente 4000 a.C.
A análise genética também considerou a população de caçadores coletores neolíticos, revelando que essas pessoas tinham pele escura combinada com olhos azuis, enquanto que os agricultores neolíticos tinham a pele mais clara, olhos castanhos e cabelos escuros.
“A recém-descoberta de que alguma informação biológica sobrevive às altas temperaturas alcançadas durante a cremação [de até 1.000 graus Celsius] nos ofereceu a excitante possibilidade de finalmente estudar a origem dos sepultados em Stonehenge“, disse o autor principal Christophe Snoeck, citado por Space News Podcast.
Além de introduzirem a agricultura na Grã-Bretanha, esses primeiros migrantes neolíticos parecem ter introduzido a tradição de construir monumentos usando grandes pedras conhecidas como megálitos. E Stonehenge faria parte desse costume.
// Sputnik News