Um vereador suplente foi morto, nesta quarta-feira (21), em Magé, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, uma semana depois da morte da vereadora Marielle Franco, anunciou a Polícia Militar.
De acordo com a PM, Paulo Henrique Dourado Teixeira estava no carro quando foi atingido por vários tiros, causando sua morte. Uma outra pessoa que o acompanhava no carro sofreu ferimentos leves.
O comissário Evaristo Magalhães, da divisão de homicídios, disse que, embora a informação seja preliminar, uma das linhas de investigação é crime político.
Paulo Teixeira foi nomeado para o Conselho em 2016 pelo Partido Trabalhista do Brasil (PTB) na lista do deputado regional Renato Cozzolino. Ele recebeu 536 votos e era vereador suplente no Conselho de Magé.
O crime ocorreu uma semana após a morte, no centro do Rio de Janeiro, da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, situação que causou uma forte contestação no Brasil e em vários países, com manifestações quem apelam para o fim da violência.
Marielle Franco, uma crítica da intervenção militar na segurança no Rio de Janeiro e caracterizada pelo seu ativismo como defensora dos direitos humanos, tinha condenado a violência policial um dia antes do crime.
O Estado do Rio de Janeiro está há um mês sob intervenção federal (por decisão do presidente Michel Temer) por questões de segurança. A decisão implica a mobilização e destacamento de militares nas ruas da cidade como forma de manter a ordem pública.
De acordo com a TV Globo, as quatro balas que mataram a vereadora foram compradas em 2006 de uma empresa privada pela Polícia Federal.
A mesma reportagem frisou que a perícia não viu sinais de modificação nas munições e que agora deve iniciar um trabalho de rastreamento do lote. A Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro já emitiram comunicado conjunto no qual afirmam que vão investigar a origem das munições.
Ciberia, Lusa // ZAP