O presidente Michel Temer disse hoje (10) que ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição do rio São Francisco, uma vez que ela foi financiada pelo povo brasileiro por meio do pagamento de impostos. A declaração foi feita durante visita que faz à Paraíba.
Um pouco antes do discurso presidencial, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, havia dito que a execução do projeto só foi possível graças também à atuação de diversos ministros e ex-presidentes, desde sua concepção.
Segundo ele, atuações importantes, além do presidente Temer, foram as dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Para Temer, a paternidade da obra só pode ser concedida ao contribuinte brasileiro. “Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é do povo brasileiro porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra”, disse o presidente durante visita ao Complexo Multimodal Aluízio Campos, em Campina Grande.
No complexo, serão instalados diversos empreendimentos comerciais, industriais, científicos e tecnológicos, além de empresas do setor de logística.
Localizado próximo a terminais rodoviários, aeroviários e portuários, além de ferrovias, gasoduto e às BRs-104 e 230, o complexo representará facilidades para o escoamento do que for produzido na região.
Durante o evento, Temer assinou a ordem de serviço para a adequação de capacidade da BR-230, trecho Cabedelo-Oitizeiro. As obras na rodovia, ao longo de 28 quilômetros, vão envolver a criação da terceira faixa em alguns pontos e a construção de viadutos e passarelas.
De Campina Grande, o presidente irá aos municípios de Sertânia e de Monteiro, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba, para ver a chegada das águas da transposição do rio São Francisco. Em Sertânia, ele abrirá a comporta de um dos trechos de transposição do rio.
De helicóptero, o presidente vai se deslocar até o município de Monteiro, no lado paraibano, para continuar acompanhando o deslocamento das águas. Em Monteiro, ele participa de cerimônia alusiva à chegada das águas, com a presença de autoridades locais.