O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem (1º) estar disposto a se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, “mediante as circunstâncias adequadas”.
“Se para mim fizer sentido me encontrar com ele, eu terei, com toda a certeza, a honra de o fazer”, disse Donald Trump em entrevista à Bloomberg News, em um momento que sobe a tensão em relação a Pyongyang por causa da alegada preparação de um teste nuclear e das sucessivas ameaças cruzadas entre os dois países.
“Estou dizendo que, com as condições certas, estou disposto a me encontrar com ele”, destacou Trump sobre a possibilidade de se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
O último encontro entre altos dirigentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte remonta a 2000, quando a então secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright, na presidência de Bill Clinton, se reuniu com Kim Jong Il, pai do atual líder norte-coreano.
Kim Jong-Un nunca se encontrou com qualquer dirigente político estrangeiro desde que chegou ao poder em 2011.
Convite a Duterte
É a segunda vez que Donald Trump manifesta disponibilidade para se encontrar com líderes habitualmente envolvidos em polêmica em poucos dias.
No sábado passado, Donald Trump convidou Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, para uma visita à Casa Branca. A informação foi adiantada por um comunicado da Casa Branca, o qual informa que Trump fará uma visita às Filipinas em novembro, no âmbito de uma conferência com vários países asiáticos.
Além das diversas polêmicas relacionadas com violações de direitos humanos em que o presidente filipino estaria envolvido – ou que teria até publicamente defendido –, Duterte lançou a polêmica nos EUA em setembro do ano passado, depois de ter chamado Barack Obama, então presidente dos Estados Unidos, de filho de uma prostituta.
Algo que, aparentemente, parece não ter incomodado Donald Trump, que manteve uma “conversa telefônica muito agradável” com Duterte, na qual teria sido discutida a guerra às drogas nas Filipinas – precisamente uma das áreas em que os métodos do presidente filipino são mais controversos – e a ameaça militar da Coreia do Norte.
Segundo adianta o comunicado da Casa Branca, emitido este domingo, depois desta chamada, a aliança entre os Estados Unidos e as Filipinas está “no bom caminho”.
// ZAP