Uma escola em Baltimore, nos Estados Unidos, decidiu acabar de vez com os tradicionais castigos para punir os alunos mais inquietos. Em vez disso, aposta em exercícios de meditação.
Se um aluno começa a se comportar mal na sala de aula, a reação natural da maioria dos professores é ameaçar com castigos ou punições com o objetivo de o fazer parar.
Ao olhar para trás, quase todos nós nos podemos lembrar daquela vez em que ficamos virados para a parede ou que tivemos mesmo que sair da sala.
E a questão que se coloca é: afinal, qual será o resultado deste tipo de métodos? Possivelmente nenhum, porque o aluno fica sem produzir e também não é obrigado a refletir sobre o que aconteceu.
Por isso, uma escola em Baltimore, nos Estados Unidos, está testando um método completamente diferente do habitual, uma alternativa “fora da caixa”.
A ideia da escola primária Robert W. Coleman é convidar os alunos, que numa situação normal seriam colocados de castigo, a refletir, se acalmarem e meditar – literalmente.
Em vez de uma sala vazia na qual impera o tédio, os alunos são levados para um lugar com travesseiros e colchões, onde podem fazer exercícios de respiração e de meditação.
O bom do projeto, lançado com a ajuda da fundação Holistic Life, é que não serve apenas para levar a melhor dos alunos mais agitados.
A iniciativa também permite às crianças terem yoga e meditação como uma atividade extra-curricular, o que muitas vezes faz com que acabem por levar esses hábitos para casa.
“Os pais comentam conosco que às vezes estão em casa estressados e os filhos sugerem que eles se sentem, se acalmem e respirem fundo”, conta Andres Gonzales, que faz parte da fundação parceira.
O projeto tem ainda uma componente educativa sobre o meio ambiente e a agricultura, dois temas fundamentais para que os “adultos do futuro” possam ser ecológicos e sustentáveis.
É importante referir que Baltimore é uma das cidades norte-americanas mais conhecidas pelos seus problemas sociais.
Por agora, os resultados já são bastantes visíveis: os níveis de suspensões, punições e expulsões caíram para zero nesta escola – e, pelos vistos, dentro de casa também.
Ciberia / Hypeness