Militares americanos treinam guerra no espaço pensando em extraterrestres

SSgt. Shawn Nickel / US Air Force

Angel Mendoza, especialista do exército dos EUA colocado no 527º Esquadrão / Space Aggressor

Angel Mendoza, especialista do exército dos EUA colocado no 527º Esquadrão / Space Aggressor

O exército dos EUA tem militares de elite cuja missão diária é fazer de conta que são extraterrestres inimigos, durante cenas de batalha espaciais encenadas, para ajudar a preparar as forças do país para um possível futuro conflito.

As chefias militares e de Inteligência dos EUA acreditam que a ameaça extraterrestre é bem real, motivo pelo qual criaram dois esquadrões de elite, na Base da Força Aérea de Schriever, em Colorado Springs, no Colorado, para se fazerem de “alienígenas maus”.

Chamam-se Space Aggressors e o seu papel é fazer de conta que são o inimigo extraterrestre – ou outro pior, explica o Capitão Christopher Barnes ao Seeker. “Somos maus profissionais”, diz o militar.

“O nosso trabalho é não apenas perceber os diferentes tipos de ameaça e de inimigo potenciais, mas também ser capazes de os identificar e de copiar suas técnicas para os bons rapazes, a nossa Força Aérea”, acrescenta o Capitão, que é líder da equipe de treino do Esquadrão Space Aggressor 26.

Os Space Aggressors estão equipados com aparelhos de rádio e satélite de última geração e constituem uma resposta a um possível conflito com extraterrestres, mas são também uma reação à alegada estratégia da Rússia e da China, que estão desenvolvendo armas antissatélite, conta o Seeker.

Assim, não é só uma questão de defesa contra visitantes indesejados do espaço, mas também uma forma de cautela para eventuais ameaças de russos e chineses.

“Estudamos ameaças ao domínio espacial, seja vindas do espaço ou da Terra. Se não as pudermos replicar diretamente com hardware, então procuramos descobrir se há uma solução de software ou alguma forma de treinarmos as pessoas ao ponto de lutarem, se tiverem que o fazer, em um conflito”, explica ainda Barnes.

Barnes diz que “algumas pessoas pensam que o espaço é um calcanhar de Aquiles para os EUA”. Assim, “quanto melhor conseguirmos treinar nosso povo, mais capazes de ir lá fora e provar que, apesar da falta de um ou de outro recurso, as nossas forças, em conjunto, ainda podem lutar e ganhar o dia”, conclui o militar.

A maior parte das operações dos Space Aggressors são secretas, mas o Seeker apurou que uma das técnicas treinadas é conhecida por “bloqueio de força bruta”, consistindo no envio de sinais poderosos, através de redes de satélites, para confundir a mensagem original.

O exército norte-americano estaria ainda focado em treinar um cenário de não acesso ao espaço, como em uma perspectiva de possível perda das comunicações de satélite e dos dados de GPS, razão pela qual  procuram aperfeiçoar o uso de ferramentas alternativas como “sistemas de navegação por inércia” – e até mapas e compassos.

// ZAP

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