Um grande protesto de taxistas provocou um caos no trânsito do Centro do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (24). Eles reclamam do funcionamento do aplicativo Uber, que conecta usuários do sistema de transportes e motoristas autônomos que oferecem caronas remuneradas. A categoria afirma que o software e um concorrente ilegal e clandestino.
Desde a madrugada milhares de motoristas se aglomeraram em uma das pistas do Aterro do Flamengo. Outros profissionais partiram em carreata de diferentes pontos da cidade.
A principal via do Centro, a Avenida Presidente Vargas, chegou a ser fechada, mas logo reaberta às 7h40.
A estimativa da categoria é de que três mil taxistas participam da manifestação. Eles devem seguir para a Prefeitura ainda nesta manhã e querem conversar com as autoridades.
Todos os seus carros levam fitas brancas e azuis, as cores da bandeira do Rio de Janeiro.
O Uber em resposta prometeu duas viagens gratuitas entre 7h e 19h, ao custo máximo de R$ 50, a quem enviar uma mensagem no Twitter com a hashtag #RIONAOPARA.
Os responsáveis pelo aplicativo ainda divulgaram uma nota defendendo o direito do usuário “escolher o modo que desejam se movimentar pela cidade”.
Em entrevista à Sputnik em junho, a representante da Uber no Brasil, Gladys Paula, definiu a organização como “uma empresa de tecnologia que liga motoristas particulares a usuários que buscam um serviço de transporte particular remunerado”, fomentando “a economia compartilhada”.
O funcionamento do Uber foi questionado em São Paulo pelos taxistas. A Justiça, porém, negou o pedido da categoria.
O aplicativo tem sido alvo de protestos em outras cidades brasileiras, como Belo Horizonte e Brasília, e de todo o mundo, como Paris, onde protestos acabaram com carros incendiados.