O governo de Burkina Faso confirmou nesta segunda-feira (14) que há vários menores entre as 18 vítimas mortais do ataque terrorista a uma cafeteria em Uagadugu, no qual outras dez pessoas ficaram gravemente feridas.
As vítimas são, na “sua maioria”, mulheres e crianças, disse aos jornalistas do ministro de Comunicações e porta-voz do Executivo, Remeus Dandjinou.
As forças de segurança inspecionam ainda o lugar do fato em busca de provas que ajudem a identificar os mortos, entre os quais já foi confirmado um cidadão francês e outro turco.
Os agressores abriram fogo por volta das 21h local (18h, em Brasília) na cafeteria Istambul, situada na avenida central Kwame Nkrumah da capital.
A operação das forças de segurança se prolongou até a madrugada quando a polícia matou os agressores, ainda que vários agentes tenham ficado feridos na operação, indicou Dandjinou.
O Executivo burquinense afirmou em comunicado que abriu uma investigação para esclarecer os fatos, e seu presidente, Roch Marc Christian Kaboré, condenou energicamente o ataque, transmitiu as suas condolências às famílias das vítimas e desejou a pronta recuperação dos feridos.
“O valente povo de Burkina Faso oporá uma resistência sem concessões ao terrorismo e aos inimigos do progresso da nossa pátria”, disse o presidente.
Em janeiro de 2016, um comando do grupo jihadista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) se entrincheirou durante horas no hotel Splendid matando 26 pessoas de 18 nacionalidades distintas e retendo outras 156.
Burkina Faso foi vítima de frequentes ataques por grupos jihadistas no último ano. Segundo a contagem mais recente do Governo, 60 pessoas morreram no país africano por ataques terrorista nos últimos dois anos.
// EFE