“Break Free” é o primeiro single lançado do novo álbum da cantora americana Taryn Southern.
A música, ou melhor, o álbum inteiro, apresenta um artista conhecido como Amper como colaborador, mas o que parece uma colaboração típica entre dois artistas é, na verdade, muito mais do que isso.
Taryn não é uma estranha na indústria da música e do entretenimento. Ela já acumulou mais de 500 milhões de visualizações no YouTube e mais de 450 mil assinantes. Por outro lado, Amper está fazendo sua estreia – a questão é que Amper não é uma pessoa.
Amper é um compositor, produtor e artista artificialmente inteligente. A IA foi desenvolvida por uma equipe de músicos profissionais e especialistas em tecnologia, e é a primeira IA a compor e produzir um álbum de música inteiro. O álbum é chamado I AM AI, e o single destacado está programado para ser lançado em 21 de agosto de 2017.
Como o compositor de filmes Drew Silverstein, um dos fundadores da Amper, explicou ao TechCrunch, a Amper não deve agir por conta própria, mas foi projetada especificamente para trabalhar em colaboração com músicos humanos.
“Uma das nossas principais convicções como empresa é essa. O futuro da música será criado na colaboração entre humanos e inteligência artificial. Queremos que a experiência colaborativa impulsione o processo criativo para a frente”, diz Silverstein.
Dito isto, a equipe observa que, contrariamente a outras músicas que foram lançadas por compositores artificiais, as estruturas de acordes e a instrumentação de “Break Free” são inteiramente o trabalho da Amper.
Em última análise, Amper quebra o modelo seguido dos IAs atuais de música. Geralmente, o trabalho original feito pela IA é amplamente reinterpretado pelos seres humanos. Isso significa que os humanos na verdade estão fazendo a maior parte do trabalho de mão-de-obra.
Como a equipe observa em seu comunicado para a imprensa, “o processo de criação de música por IA envolve seres humanos fazendo mudanças manuais significativas – incluindo alterações em acordes e melodias”.
Esse não é o caso com a Amper. Como observado anteriormente, as estruturas de acordes e instrumentação são puramente Amper. Só há entradas manuais do artista humano quando se trata de estilo e ritmo geral.
E, mais notavelmente, Amper pode fazer música através da aprendizagem de máquinas em apenas alguns segundos. Aqui está um exemplo de uma música feita por Amper e re-organizada por Taryn.
No entanto, enquanto o I AM AI pode ser o primeiro álbum totalmente composto e produzido por uma IA, não é a primeira vez que um IA exibiu criatividade na música ou em outras artes.
Por exemplo, uma IA chamada Aiva foi ensinada a compor música clássica, assim como o DeepBach foi projetado para criar música inspirada por Johann Sebastian Bach. Com isso em mente, o álbum provavelmente é o primeiro passo para uma nova era, uma era em que os seres humanos irão compartilhar arte, e talvez até competir de forma criativa com a IA.
// HypeScience / Futurism