No subsolo da Nova Inglaterra, nos EUA, foi descoberta uma bolha gigante de rochas fundidas, que está subindo para a superfície – e poderia causar o surgimento de novos vulcões.
Geofísicos da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, usaram a Earthscope, uma rede de milhares de aparelhos que detectam atividade sísmica, para descobrir o que se esconde no subsolo dos estado de Vermont, Massachusetts e New Hampshire – e o que descobriram é assustador: uma “bomba” de magma.
“É como um balão de ar quente, algo que está subindo através da parte mais profunda do nosso planeta”, explica o geofísico Vadim Levin, principal autor do estudo publicado no final de novembro na revista GeoScienceWorld.
Os cientistas descobriram uma anomalia térmica de centenas de graus, muito mais quente do que as rochas do manto superior ao redor da região afetada. A bolha tem 400 quilômetros de diâmetro e está localizada a 200 quilômetros abaixo do nível do mar.
Uma vez que esta região não possui vulcões ativos, esta enorme acumulação é considerada um fenômeno geologicamente recente. Neste caso, isto significa que a bolha poderia crescer lenta e continuamente durante dezenas de milhões de anos.
Eventualmente, a bolha poderia alcançar a superfície e provocar o surgimento de vulcões. No entanto, os cientistas afirmam que não há motivos para alarme, já que essa eventualidade ainda está muito longe de acontecer. “Provavelmente, levará milhões de anos”, afirma Levin.
O próximo passo da equipe será entender o fenômeno em detalhes, o que o provoca e como se desencadeia. Embora ainda haja muito a descobrir sobre a bolha gigante de magma, os geofísicos garantem que as descobertas desafiam o que se pensava sobre condições geológicas.
“Não esperávamos encontrar mudanças tão abruptas nas propriedades físicas abaixo desta região. A provável explicação aponta para um regime muito mais dinâmico por baixo desta área antiga e geologicamente silenciosa”, conclui Levin.
Em suma, por enquanto não vale a pena grandes preocupações com esta bomba de magma subterrânea, até mesmo porque o supervulcão de Yellowstone está ali do lado – ou quase.
Ciberia // ZAP