O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, determinou nessa quarta-feira (4) ao Pentágono e a outras agências do governo que lhe apresentem um plano para militarizar a fronteira com o México, com a utilização da Guarda Nacional.
O Pentágono “deverá apoiar o Departamento de Segurança Nacional a assegurar a fronteira sul e tomar novas medidas necessárias para deter o fluxo de drogas mortais e outros contrabandos, membros de gangues e outros delinquentes, e indocumentados a este país”, ordenou Trump.
O presidente norte-americano deu 30 dias ao chefe do Pentágono, James Mattis; ao procurador-geral, Jeff Sessions; e à secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, para que lhe apresentem um relatório conjunto que detalhe o “plano de ação” para militarizar a fronteira.
Trump determinou a Nielsen, encarregada da segurança na fronteira, que “forneça treinamento ou instrução necessária para qualquer pessoal militar, incluindo unidades da Guarda Nacional”, para apoiar seu Departamento na missão.
Além disso, justificou a decisão de utilizar as Forças Armadas com o argumento de que o Pentágono tem experiência na proteção de fronteiras, já que auxilia outros países nesse trabalho.
No memorando aprovado, Trump disse que “a situação na fronteira chegou a um ponto de crise” em que “a anarquia (…) é incompatível com a segurança e a soberania do povo americano”.
O presidente alegou que a segurança do país está “ameaçada” por um aumento drástico da atividade ilegal na fronteira, incluindo o fluxo de “grandes quantidades de fentanil, outros opioides e novas drogas perigosas e ilícitas, em níveis sem precedentes”.
Por fim, Trump advertiu que o “rápido aumento dos cruzamentos ilegais” que se prevê nos meses de primavera e verão ameaça “transbordar” as forças de segurança que protegem agora a fronteira. “O meu governo não tem outro remédio a não ser agir”, declarou.
Ciberia // Agência Brasil