De acordo com o que prevê a Goldman Sachs, a mineração espacial será a próxima fronteira da humanidade no que diz respeito a construir fortunas.
A empresa de investimentos Goldman Sachs imagina que o primeiro trilionário do planeta deva acumular essa dinheirama minerando asteroides, algo que pode se tornar realidade em um futuro não muito distante.
Aqui na Terra, minerar recursos naturais do planeta é algo que enfrenta diversos obstáculos legais. Sendo assim, é de se imaginar que a mineração de asteroides e demais objetos espaciais vá seguir o mesmo caminho.
E é verdade: legisladores já estão debatendo a questão, esperando que a mineração de asteroides se torne um negócio viável. Além disso, a União Europeia já tem um marco legal para permitir que empresas coletem materiais de asteroides, arrecadando a receita obtida com a venda desses materiais aqui na Terra.
Já existem pelo menos duas empresas, a Deep Space Industries e a Planetary Resources, com um plano relativamente avançado para começar a minerar asteroides assim que isso for possível.
Ambas trabalham com o governo de Luxemburgo para que essa iniciativa se torne realidade, sendo que o país ajudou a financiar uma pesquisa sobre tecnologias que seriam necessárias para que tais empresas consigam iniciar essa mineração espacial.
De acordo com Etienne Schneider, vice-primeiro-ministro de Luxemburgo, “nosso objetivo é colocar em prática uma estrutura geral para a exploração e uso comercial de recursos de corpos celestes como asteroides, ou da Lua“.
Isso significa que, caso tudo isso dê certo, em breve a humanidade estará extraindo recursos naturais de outros lugares além da Terra, o que deixa muitas preocupações quanto à preservação desses objetos – uma vez que o nosso próprio planeta enfrenta esgotamento de recursos naturais por conta de uma exploração desenfreada e sem consciência ambiental, tudo em prol do lucro.
Essa preocupação é representada na ficção científica, e uma série atual que aborda justamente um tema do tipo é The Expanse, disponível na Netflix.
A trama mostra um futuro daqui 200 anos em que a humanidade já colonizou o Sistema Solar, e o objeto Ceres, localizado no Cinturão de Asteroides, é uma espécie de fornecedor de recursos naturais para a Terra, que vive em conflito com Marte.
Ceres, por sua vez, decide se rebelar contra as condições inóspitas em que seus habitantes vivem, e fica para as Nações Unidas tentarem prevenir uma guerra entre as três nações espaciais.
Mas a realidade pode mesmo se antecipar à ficção científica e acontecer mais cedo do que o esperado. Em julho do ano passado, a agência espacial norte-americana NASA anunciou que iria apressar planos de visitar o valiosíssimo asteroide metálico 16 Psique.
Feito quase inteiramente de metal de níquel-ferro, se estima que 16 Psique contenha 10 mil quatrilhões de dólares em ferro. Se nós pudéssemos de algum modo minerar os minerais de 16 Psique e trazê-los à Terra, nossa economia global comparativamente ínfima de 78 trilhões de dólares provavelmente desmoronaria.
A sonda da NASA deve chegar ao asteroide de metal quatro anos mais cedo do que o inicialmente previsto, graças à descoberta de uma trajetória mais eficiente que vai levar a sonda para o seu destino em 2026.
Felizmente para a estabilidade econômica do nosso planeta, a NASA planeja observar, mas não extrair nada – provavelmente, porque ainda não é possível.
Ciberia // CanalTech