A polícia norte-americana encontrou 10 menores vivendo entre fezes e lixo em uma casa no norte da Califórnia, depois de a mãe ter informado que o filho mais velho, de 12 anos, tinha desaparecido.
Dez crianças com idades entre os quatro meses e os 12 anos foram retiradas de uma casa na Califórnia, nos Estados Unidos, onde viviam sem condições, cercados de lixo, comida estragada, fezes e urina, segundo a rádio portuguesa Renascença.
O caso foi descoberto depois de a mãe ter dado o filho mais velho como desaparecido, de 12 anos. As autoridades encontraram o rapaz dormindo em um jardim de uma casa perto da sua.
Nenhuma das crianças frequentava a escola. À polícia, os filhos do casal contaram que sofreram maus-tratos e apresentavam sinais de cortes, queimaduras, hematomas, assim como de terem sido atingidos com armas de fogo ou ar comprimido.
A mãe das crianças, Ina Rogers, de 30 anos, foi presa no dia 31 de março, sendo depois libertada sob fiança. O pai, Jonathan Allen, de 29 anos, está sob custódia. Ambos enfrentam agora acusações de negligência, tortura e abuso de crianças.
A mãe das crianças fez uma visita guiada pela casa onde foram descobertos menores. A mídia norte-americana descreveu a casa com “paredes arranhadas e fezes de animais na banheira“.
Ina Rogers diz que os filhos dormiam todos no mesmo quarto por serem muito próximos uns dos outros e justifica que a casa só estava naquelas condições quando a polícia chegou porque tinham revirado tudo para encontrar o filho mais velho.
A mãe alega ainda que a família está sendo julgada por ter muitos filhos e por ter escolhido ensiná-los em casa, em vez de matriculá-los na escola.
Essa é a terceira “Casa dos Horrores” descoberta nos Estados Unidos, desde o início do ano. O primeiro caso surgiu com a descoberta de 13 crianças que eram mantidas acorrentadas, com fome, subnutridas e sujas dentro de casa pelos genitores David Allen Turpin e Louise Anna.
O caso tinha chocado a América (e o mundo), quando pouco tempo depois, em fevereiro, uma nova “Casa dos Horrores” foi descoberta. Benito e Carol Gutierrez mantinham os quatro filhos adotivos trancados em quartos separados durante mais de 12 horas por dia. As crianças, com idades entre seis e 12, não tinham luz no quarto, ou acesso a alimentos ou água. Além disso, eram obrigadas a fazer as necessidades no chão ou num balde.
Ciberia // ZAP