A atividade elétrica produzida em humanos e outros animais é semelhante à de campos elétricos observados na atmosfera da Terra.
Em um estudo publicado pelo International Journal of Biometeorology, cientistas afirmam ter descoberto uma conexão entre campos elétricos da atmosfera e a atividade elétrica vista em muitos dos animais do planeta, revela a publicação Newsweek.
“Mostramos que a atividade elétrica em muitos seres vivos – de zooplânctons nos oceanos a tubarões e, até mesmo, em nossos próprios cérebros – é muito semelhante aos campos elétricos que medimos e estudamos na atmosfera da atividade de raios elétricos global,” afirma Colin Price, principal autor do estudo da Escola Porter de Ciências da Terra e do Ambiente na Universidade de Tel Aviv (Israel).
Para chegar à esta conclusão, os pesquisadores envolvidos analisaram estudos anteriores buscando uma conexão entre campos elétricos na atmosfera de frequência extremamente baixa – ondas de rádio com frequências geradas por variações naturais e de luz do campo magnético da Terra – e a saúde de animais, incluindo humanos.
Os pesquisadores avaliam que ao longo de bilhões de anos, conforme organismos evoluíram na Terra, as frequências eletromagnéticas naturais na atmosfera, geradas pela atividade luminosa, fortemente influenciaram o desenvolvimento da atividade elétrica de células biológicas.
Os cientistas consideram que isto pode ter sido uma maior influência durante as primeiras etapas da evolução, quando as espécies eram em geral simples e primitivas.
“Trabalhamos com a hipótese de que, durante períodos evolucionários, organismos vivos se adaptaram e, até mesmo, usaram a eletricidade no ambiente – raios de eletricidade globais”, comentou Price. “Provavelmente, isto não mudou ao longo de bilhões de anos e é semelhante à evolução de nossos olhos, que evoluíram usando a luz natural nos dada.”
Os pesquisadores avaliam que, ainda que as pesquisas analisadas evidenciam que a atividade elétrica na atmosfera influencia processos biológicos, um mecanismo físico para explicar as descobertas ainda está em falta. Portanto, mais estudos serão necessários quanto à esta questão.
// Sputnik