As redes sociais e as plataformas online possuem um papel importantíssimo para o exercício da democracia — ademais, também sabemos que esses canais podem ser usados para influenciar a opinião pública, o que pode ser algo bem perigoso especialmente em tempos de eleições presidenciais. Pensando nisso, o Google anunciou, nesta quinta-feira (10), algumas novidades interessantes em seu buscador.
A partir de agora, o recurso “autocompletar” não vai mais sugerir a pesquisa por termos ou frases que possam influenciar o internauta em sua escolha por determinado candidato, partido ou até mesmo ideologia política.
Também serão retiradas frases que façam menção ao processo de votação, como “você pode votar pelo celular” ou “você não pode votar pelo celular”.
A companhia não deixou claro se a alteração é momentânea ou definitiva, mas enfatizou que nenhum resultado de busca será removido — você vai continuar podendo encontrar conteúdos sobre um candidato normalmente, mas eles não poderão mais abusar do autocompletar (que é gerado de acordo com o volume de buscas similares) para influenciar os seus potenciais eleitores.
“Estamos perfeitamente cientes de que, com as próximas eleições, as pessoas têm opiniões fortes e, dado o pano de fundo da COVID-19, há muitas perguntas sobre as informações de votação e como isso pode funcionar no contexto da pandemia”, explica David Graff, diretor sênior de políticas e padrões globais do Google. Segundo David, a manobra não é uma nova política, mas sim uma extensão das ideologias existentes da companhia.
Por mais que a Gigante das Buscas não tenha comentado sobre a mudança em outros países, é bem provável que algo similar ocorra em outras praças eleitorais neste ano, como no próprio Brasil, que também sofre de complexas campanhas online de influência digital.
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