Descobrem 4 planetas ‘jovens’ que podem ajudar a aprender mais sobre ‘adolescência’ da Terra

Quatro planetas recém-descobertos poderiam ajudar os cientistas a compreenderem mais sobre como a Terra e o nosso Sistema Solar se desenvolveram durante o período de sua “adolescência”.

Os exoplanetas identificados se encontram a cerca de 130 anos-luz do nosso planeta e orbitam duas estrelas já conhecidas, a TOI 2076 e TOI 1807, que podem ser encontradas nas constelações de Boieiro e Canes Venatici (Cães de Caça, na tradução), respectivamente, segundo portal Phys.org.

Ambos os astros são estrelas anãs da classe K, alaranjadas e um pouco mais frias que o nosso Sol, e acredita-se que se desenvolveram na mesma nuvem de gás há cerca de 200 milhões de anos.

Os astrônomos estão interessados nos quatro novos mundos, cada um deles entre duas a quatro vezes superiores à Terra, já que estes exoplanetas estão na fase inicial de criação, e poderiam revelar mais sobre como evoluem planetas e jovens sistemas planetários.

Os planetas foram descobertos por pesquisadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, junto a outras 25 instituições em todo o mundo. O projeto é liderado pela NASA com a ajuda do telescópio TESS.

“Os planetas, em ambos os sistemas, estão em uma fase de transição ou adolescência de seu ciclo de vida”, disse Christina Hedges, astrônoma no Instituto de Pesquisa Ambiental de Bay Area, na Califórnia.

Eles não são recém-nascidos, mas também não estão completamente estabelecidos. Aprender mais sobre planetas nesta fase da adolescência nos ajudará a entender planetas mais antigos em outros sistemas”, explicou.

O planeta mais próximo da estela, o TOI 2076b, é aproximadamente três vezes maior que a Terra, e exerce uma órbita completa em torno de sua estrela a cada dez dias. Os corpos celestes mais externos, TOI 2076c e d, são um pouco mais que quatro vezes maiores em comparação ao nosso planeta, com órbitas superiores a 17 dias.

A segunda estrela, TOI 1807, tem apenas um planeta conhecido que a orbita o TOI 1807b, detectado pela primeira vez pela NASA em 2020. TOI 1807b tem cerca de duas vezes o tamanho da Terra e faz uma volta completa em torno da estrela em apenas 13 horas.

“Esta descoberta é importante por duas razões: a primeira delas é a idade das duas estrelas. Estudar tanto as estrelas como os seus planetas nesta fase de evolução oferecerá informações sobre a evolução inicial do nosso Sistema Solar. A segunda é a origem comum das duas estrelas. Ao serem nascidas na mesma nuvem de gás, mas tendo se separado posteriormente, podemos aprender como esses dois sistemas estelares se desenvolveram”, afirmou o dr. Shaun Atherton, da Escola de Ciências de Loughborough.

Agora, os cientistas estão tentando medir as massas dos planetas, mas a interferência causada pela hiperatividade das estrelas jovens pode tornar essa tarefa um desafio.

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