A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta quarta-feira (6) a vacina contra a Covid-19 da empresa farmacêutica americana Moderna. O imunizante se torna assim o segundo com uso autorizado na União Europeia (UE), após o produto da Pfizer-BioNTech.
“A EMA recomendou conceder uma autorização de comercialização condicional para a vacina contra Covid-19 da Moderna para prevenir a doença coronavírus 2019 em pessoas a partir dos 18 anos”, anunciou a agência com sede em Amsterdã em um comunicado. “Esta vacina nos proporciona outra ferramenta para superar a atual emergência”, disse a diretora-executiva da EMA, Emer Cooke, em nota.
A autorização para o uso da vacina da Moderna, anunciada menos de um mês após a aprovação do imunizante da Pfizer-BioNTech, ocorre em meio a críticas sobre a lentidão da campanha de vacinação na UE, muito distante do ritmo dos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
“Esta segunda recomendação de vacina ocorre apenas um ano depois de a OMS declarar a pandemia e é uma prova dos esforços e do compromisso de todos os envolvidos”, acrescentou Emer Cooke.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a aprovação do imunizante da Moderna é “uma boa notícia para nossos esforços para levar mais vacinas contra a Covid-19 aos europeus”.
Vários países pressionaram a EMA para que autorizasse o quanto antes a vacina do laboratório americano, diante da propagação de uma nova variante do coronavírus e do aumento de casos da doença em toda Europa.
Mais fácil de estocar
A vacina da Moderna tem como vantagem o fato de poder ser estocada facilmente. O produto proposto pela Pfizer/BioNTech exige um armazenamento em condições bastante específicas e a uma temperatura de -70°C.
Já o da Moderna pode ser armazenado por até 30 dias em “um refrigerador médico ou doméstico”, cujas temperaturas costumam variar de 2°C a 8°C.
// RFI