As autoridades indonésias elevaram nesta segunda-feira (27) para o nível máximo o alerta relacionado com a erupção vulcânica na ilha turística de Bali e ordenaram a retirada de toda a população em um raio de 10 quilômetros.
A agência nacional indonésia para a gestão de desastres (BNPB) informou que o aeroporto de Bali foi fechado por pelo menos 24 horas, com as autoridades admitindo sua reabertura na terça-feira (28) após avaliação da situação.
O monte Agung expele uma coluna de cinzas em direção à atmosfera que ultrapassa os quatro quilômetros de altura, o que obrigou ao fechamento já no domingo do pequeno aeroporto internacional da ilha vizinha de Lombok, quando as cinzas começaram a se deslocar para leste.
As autoridades indonésias ordenaram a distribuição imediata de máscaras, dado que as cinzas vulcânicas continuam a cair em inúmeras aldeias.
Um responsável pela agência, citado pela Associated Press, justifica a elevação do nível de alerta pelo fato de o vulcão ter começado a expelir magma. No entanto, disse que não esperava uma erupção de grandes dimensões. Previamente, a zona de exclusão em torno do vulcão variava entre 6 e 7,5 quilômetros.
A última grande erupção do Agung ocorreu em 1963 e matou cerca de 1.100 pessoas.
Bali é o principal destino turístico da Indonésia, com uma afluência mensal de cerca de 200 mil turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.
O arquipélago da Indonésia assenta sobre o chamado “Anel de Fogo do Pacífico“, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida milhares de vezes por ano. A maioria dos terremotos, no entanto, é moderada.
O Anel de Fogo do Pacífico conta com mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 continuam ativos. 65 destes vulcões, incluindo o Agung, são qualificados como perigosos.
Ciberia // ZAP