Julian Assange apelou à Austrália que interceda a seu favor, por ter medo de ser extraditado para os Estados Unidos. A advogada do fundador da WikiLeaks diz que o governo australiano tem “a obrigação” de proteger Assange.
Jennifer Robinbson, advogada de Assange, disse nesta terça-feira (31) ao site de notícias australiano news.com.au que se encontra “obviamente preocupada” com a recente disponibilidade demonstrada pelo presidente do Equador em negociar a saída do fundador da Wikileaks da Embaixada do Equador em Londres.
O fundador da Wikileaks “ainda é um cidadão australiano e o governo da Austrália tem a obrigação, e eu acredito que o dever, de exercer os direitos de proteção de um cidadão australiano”, considerou Jennifer Robinbson. “Estamos monitorando a situação de perto. O risco de Julian Assange ser processado nunca esteve tão alto como agora”, acrescentou.
Julian Assange, de 47 anos, nascido na cidade australiana de Townsville, está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012, de forma a evitar que as autoridades britânicas autorizem sua extradição para os Estados Unidos, onde pode ser julgado pela publicação de documentos diplomáticos e militares confidenciais.
“O tema Assange está sendo tratado com o governo britânico”, confirmou o presidente do Equador, em entrevista ao diário espanhol El País, na segunda-feira (30). Lenin Moreno adiantou pretender que a saída do ativista respeite “seus direitos, principalmente o direito à vida”, mas que não represente um problema para o país.
Assange pertence ao conselho consultivo do Wikileaks, um portal de denúncias e de informações, que contém milhares de documentos de governos e de empresas sobre matérias sensíveis e confidenciais.
Ciberia // ZAP