O Equador se prepara para retirar a proteção de Julian Assange, fundador da WikiLeaks, e entregá-lo às autoridades britânicas.
Lenín Moreno, presidente do Equador, vai finalizar um acordo para entregar a Julian Assange, fundador da WikiLeaks, segundo a revista Sábado que cita o jornal online The Intercept. O presidente, eleito no ano passado, descreveu Assange como um “pirata informático”, uma “pedra no sapato” e um “problema herdado” pela sua administração.
As queixas do Executivo espanhol depois de Julian Assange manifestar seu apoio aos movimentos separatistas da Catalunha também teriam irritado Moreno, tendo-lhe retirado o acesso à internet e restringido as visitas que podia receber.
Julian Assange vive na embaixada do Equador desde 2012. Nesse ano, o fundador da organização que publica informação secreta e documentos classificados fornecidos por fontes anônimas fugiu da Suécia para evitar as acusações de agressão sexual e estupro.
No ano passado, a procuradoria da Suécia retirou essas acusações. No entanto, o fundador da WikiLeaks poderia mesmo ser preso por ter violado as condições de fiança. Por sua vez, os Estados Unidos também poderiam pedir sua extradição ao Reino Unido, por causa da divulgação de documentos oficiais.
Fontes próximas de Julian Assange disseram à revista Slate que os Estados Unidos ameaçam bloquear um empréstimo do FMI ao país, como forma de pressionar a expulsão do fundador da WikiLeaks da embaixada em Londres.
Ciberia // ZAP