A investigação de inúmeras mortes de bebês ocorridas na unidade neonatal do Hospital de Chester, no Reino Unido, é descrita pela polícia como “altamente complexa e muito sensível”.
A polícia britânica investiga a morte de 17 bebês prematuros em uma unidade neonatal do hospital de Chester, no norte da Inglaterra. De acordo com a Polícia de Cheshire, uma funcionária da área de saúde foi presa por suspeita de estar relacionada com a morte de 8 bebes e tentativa de homicídio de outros 6.
A investigação teve início há um ano, quando foi detectado um aumento do número de mortes de bebês com menos de 32 semanas no Countess of Chester Hospital. Desde então, os prematuros passaram a ser acompanhados em outros hospitais da região.
A profissional de saúde foi presa pela polícia na manhã desta terça-feira (3).
“Quando a investigação foi iniciada, estávamos focados nas mortes de 15 bebês ocorridas entre junho de 2015 e junho de 2016. Além disso, a investigação conduziu uma revisão de 6 colapsos não fatais durante o mesmo período”, informou em comunicado o porta-voz da polícia local, o inspetor Paul Hughes, citado pela agência Reuters.
“Após o início das investigações, com o processo de recolha de informação, o âmbito da operação foi ampliado. Atualmente, investigamos as mortes de 17 bebês e ainda 15 colapsos não fatais ocorridos entre o período de março de 2015 e julho de 2016 “, acrescentou Hughes.
“Os pais de todas as crianças são mantidos informados do decorrer do processo, e são apoiados por profissionais especialmente treinados. Esse é um período extremamente difícil para todas as famílias e é importante lembrar que há muitas delas em busca de respostas sobre o que aconteceu aos filhos“, concluiu o inspetor.
O hospital afirma que colabora com os detetives na investigação e garante que a unidade neonatal está em condições de continuar em funcionamento.
Segundo o The Guardian, esta é a maior investigação policial relacionada à morte de crianças em hospitais desde o início dos anos 1990, quando a enfermeira Beverly Allitt, que ficou conhecida como o “Anjo da Morte”, foi condenada a 30 anos de prisão pela morte de 4 crianças e tentativa de assassinato de mais 3.
Ciberia // ZAP