Os 28 degraus associados à crucificação de Jesus Cristo são revelados pela primeira vez depois de aproximadamente 300 anos. Jesus Cristo teria caminhado pelos degraus, que estavam tapados desde o século XVIII, enquanto percorria o caminho para a crucificação.
Os degraus que Jesus teria subido antes de ser condenado à crucificação por Pilatos passaram por um processo de restauração para estado original, sendo que a restauração foi realizada por especialistas dos museus do Vaticano.
O local se encontra próximo da basílica de São João de Latrão (Basílica di San Giovanni in Laterano), em Roma. “Essa é a primeira vez em quase 300 anos que os degraus são expostos”, afirmou Barbara Jatta, diretora dos museus do Vaticano.
O monumento de mármore estava envolto em madeira desde 1723, já que, o papa Inocêncio XIII decidiu que os degraus não suportariam ao desgaste provocado por milhões de peregrinos, que tradicionalmente subiam as escadas de joelhos.
O processo de restauração foi longo, pois as madeiras foram retiradas dos 28 degraus e os frescos do século XVI nas paredes foram limpos. Além disso, as pinturas encomendadas pelo papa Sisto V em 1589, foram restauradas à imagem original.
Segundo o jornal The Telegraph, os degraus tinham um desgaste de até 15 centímetros em determinados pontos. Durante o processo de restauração foram encontrados diversos manuscritos entre as rachaduras de madeira, contendo rezas e pedidos de intervenção divina em casos de doença e tragédias familiares.
“Nós os encontramos degrau por degrau, enquanto removíamos as tábuas de madeira”, afirmou Paolo Violini, coordenador de restauração sobre os manuscritos. Além disso, três cruzes foram descobertas, uma de bronze e outras duas de pedra, marcando o local onde caíram as gotas de sangue de Jesus, segundo a lenda.
Os degraus ficarão expostos ao público nos próximos 60 dias, durante o período da Páscoa e devem ser cobertos novamente no dia 9 de junho.
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