Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, extraíram água de ar muito seco, com umidade relativa de 10%.
Há cerca de um ano, uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) anunciou ter criado um dispositivo alimentado a energia solar que extraía água do ar, com níveis de umidade baixa, na ordem dos 20% a 30%.
O dispositivo foi melhorado, asseguram os cientistas. Agora, o aparelho foi testado no telhado da Universidade do Arizona, na cidade norte-americana de Tempe, caracterizada pelo clima muito seco.
Atualmente, os métodos de recolha de água a partir do ar exigem níveis de umidade relativa superiores, entre os 50% e os 100%, e o uso de bombas e compressores.
O dispositivo foi construído com base em uma estrutura metálico-orgânica porosa, aquecida pela luz solar e que absorve o vapor de água e o transforma em água líquida em um condensador.
A ferramenta pode ser promissora no que diz respeito à obtenção de água em locais onde há falta, com a mais-valia de não haver custos energéticos associados.
A atual versão do equipamento foi desenhada para produzir apenas poucos mililitros de água e só funciona em um ciclo diário de luz solar. No entanto, os pesquisadores acreditam que seu potencial pode ser melhorado se forem utilizadas outras fontes de energia, como a biomassa.
“Esperamos ter um sistema capaz de produzir litros de água”, afirma Evelyn Wang, uma das principais autoras do estudo, publicado na Science.