A Apple enfrenta diversos processos judiciais atualmente, entre eles casos envolvendo explosões de iPhones e as famigeradas disputas de patentes. Agora, a empresa de Cupertino está sendo processada por um acidente de carro fatal em que o condutor estava distraído com o FaceTime.
O caso foi apresentado em um tribunal da Califórnia no início de dezembro do ano passado e faz referência a um acidente que aconteceu no Texas, na véspera de Natal de 2014.
Dentro de um dos carros envolvidos estavam um casal e seus dois filhos e, enquanto a maior parte da família teve ferimentos graves, uma das crianças, com apenas cinco anos de idade, morreu no hospital.
O acidente aconteceu quando James Modisette, o pai da família citada, reduziu a velocidade do veículo devido a um congestionamento e um motorista de 20 anos bateu na sua traseira, ferindo os passageiros.
O jovem que estava ao volante do carro que causou a batida disse à polícia que estava usando o FaceTime no seu iPhone 6 Plus no momento do acidente.
A família Modisette alega que a Apple poderia ter implementado uma tecnologia capaz de evitar o acidente, mas não o fez.
Os arquivos do tribunal indicam que, em 2014, a empresa conseguiu a patente de uma tecnologia que iria “bloquear a capacidade dos motoristas de usar o aplicativo FaceTime no iPhone enquanto estiver usando um veículo motorizado”.
A alegação é de que o fato da Apple optar por não implementar o recurso da patente contribuiu para a morte do filho de Modisette e as lesões do resto da família.
Além disso, os advogados das vítima também disseram que “o custo de alterar o projeto seria mínimo” para a Apple e que “não há inconvenientes concebíveis para a implementação da tecnologia”.
O processo exige que a Apple finalmente adote a tecnologia de bloqueio do FaceTime para motoristas no iPhone, além do pagamento de indenizações, despesas médicas e outras remunerações que o tribunal considere adequadas para as vítimas.
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