Um hormônio segregado pelo fígado após a ingestão de doces pode determinar a propensão das pessoas para a gulodice, conclui um estudo da universidade dinamarquesa de Copenhague divulgado esta terça-feira (2).
O hormônio chama-se FGF21 e, segundo a pesquisa, as pessoas com variantes genéticas particulares no hormônio estão 20% mais predispostas a consumir doces do que as pessoas sem essas mutações.
A equipe de cientistas analisou dados de um estudo sobre estilos de vida e saúde metabólica de 6.500 dinamarqueses, que incluía respostas sobre hábitos alimentares e níveis de colesterol e glicose no sangue, e sequenciou os marcadores genéticos do hormônio dos participantes.
Os pesquisadores concluíram que as pessoas com uma das duas variantes genéticas do hormônio associadas ao aumento do consumo de carboidratos estavam mais predispostas a ingerir maiores quantidades de doces.
“Estas variantes estão muito associadas ao consumo de doces”, frisou um dos coordenadores da pesquisa, Matthew Gillum, citado pela Cell Press.
De acordo com um estudo publicado em 2016, a privação de sono também está intimamente ligada a um eventual aumento de peso.
A pesquisa foi realizada entre 14 jovens voluntários saudáveis que, quando estavam privados de dormir, tinham preferência por comer biscoitos, caramelos ou batatas fritas, alimentos que os cientistas consideraram como “gratificantes”.
Os jovens sentiram vontade de comer este tipo de alimento, doces ou ricos em gordura, apesar de apenas duas horas antes terem ingerido uma porção de comida suficiente que satisfazia 90% das suas necessidades calóricas diárias.
“Descobrimos que a falta de sono estimula um sinal que aumenta o aspecto hedonista à ingestão de alimentos, ou seja, prazer e satisfação através dos alimentos”, disse o endocrinologista da Universidade de Chicago, Erin Hanlon, um dos autores do estudo.
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